domingo, 13 de dezembro de 2020

Por que o Among Us no "The Game Awards 2020" não é algo incoerente

   


   Hello! Sim, eu sei que é meio nada a ver retornar com um texto que não tem a ver com o tema principal do blog, mas paciência, é sobre isso que quero escrever neste momento. Admito que é em parte por estar fanático pelo jogo em questão, mas vamos por partes.

   Esses dias aconteceu o “The Game Awards”, uma premiação anual que premia os destaques de cada ano no mundo dos games. Não é minha intenção julgar o quão relevante ou irrelevante é essa premiação e suas escolhas, mas apesar da escolha mais absurda para muitos ser The Last of Us 2 ter vencido como “Jogo do Ano”, muitas outras pessoas acham tão ou mais absurdo o jogo Among Us ter vencido nas categorias “melhor multi-player” e “melhor jogo mobile”. Ou melhor dizendo, o problema supostamente é ele sequer ter sido indicado, já que não foi um jogo criado em 2020. Sim, aqui vai ser necessário ignorar que 90% do desprezo pela indicação é simplesmente por ele ainda ter ganhado.

   O que acontece é que as pessoas fazem uma suposição de que para o jogo ser indicado como melhor de um ano, é necessário que ele tenha obrigatoriamente surgido naquele ano, mas a verdade é que nunca existiu esse critério apesar de obviamente existir essa preferência já que os jogos lançados recentemente serão os que o povo vai ter entrado no “hype”, e terão sido amplamente comentado e “gameplayzados” em todo canto, mas a verdade é que nunca esteve escrito em lugar nenhum que isso é um critério obrigatório.

   O jogo em seu ano de estreia tinha uma média de jogadores simultâneos na casa das dezenas, e no ano seguinte a fama dele ainda assim não ficou tão alavancada. Todos sabemos que a grande explosão do jogo foi em 2020. E já sei que para muitos o caminho para onde estou indo me obriga a insinuar que qualquer jogo que faça um pouco mais de sucesso fora do ano de estreia supostamente tem que ser indicado, mas não é bem assim. Existe muita diferença entre um jogo famoso passar a ser mais comentado em outro ano, e um jogo que não tinha nem 2% da fama atual até alguns meses atrás de repente consegui-la. Não há indícios sequer de que os principais responsáveis pela premiação sabiam da existência do jogo, e queira ou não a fama ou o quão “em alta” algo está é essencial para que ele participe desse tipo de premiação. O Among Us também ganhou prêmio de “revelação” no Golden Joystick 2020, e alguém sabe citar algum jogo mais destacável que ele no quesito “se revelar” em 2020? Jogos AAA ou continuações obviamente já são esperados fazer sucesso.

   À parte disso, é importante entender os méritos de um jogo e o que o motiva a estar numa premiação. Todos os méritos do jogo estão ligados ao ano de 2020. Não é só por ter explodido subitamente, mas porque sua fama também está diretamente ligada à pandemia, tendo sido o jogo que mais auxiliou pessoas no âmbito social e comunicativo, num contexto em que elas tinham que permanecer em casa, e foi de longe o jogo que mais levou pessoas a baixar o Discord na história (sério, se vocês procurarem o gráfico de downloads do Discord vão se surpreender com como o Among Us em Setembro alavancou o aplicativo muito mais do que o surgimento da pandemia em si no mês de Março). À parte disso, a maioria das melhorias e atualizações do jogo também datam de 2020, tendo sua sequência adiada indefinidamente por isso. Simplesmente não tem como não associar o jogo com este ano, e isso vai muito além de meramente “ter ficado mais falado” ou algo assim, é todo um contexto que justifica isso. É um jogo conhecido no equivalente a uma cidade que de repente é conhecido mundialmente.

   Agora acho que é uma boa hora para explicar algumas coisas sobre premiações, traçando paralelos com outras mídias. Um anime não é candidato a melhor do ano no Japão ou em outros países baseado exclusivamente na estreia. Um anime de 26 episódios que estreia em Outubro e acaba em Março não vai ser considerado meramente um anime do ano em que estreou e ignorado no ano posterior como se a exibição da segunda metade nele fosse irrelevante. Mas a chave para entender está no Oscar. Existem filmes que estreiam em um ano, mas só são indicados ao Oscar com um ano de atraso, por terem demorado para sair de seus respectivos países (um exemplo nacional seria Cidade de Deus). Isso simplesmente está incluso nos critérios da academia. Alguns talvez tentem partir para um desvio desonesto de que se um filme mais antigo passa a ser muito falado subitamente, ele então também deveria ser candidato ao Oscar, mas aí existe a diferença de que ele não terá estado nas salas de cinema ou sido lançado em DVD naquela época em lugar algum, e por isso não é a mesma coisa.

   A minha intenção aqui não é nem dizer que o “The Game Awards” tem essa moral toda, ou que é para considerar seus resultados como absolutos, e NEM SEQUER que o Among Us mereceu os dois prêmios que ganhou (não joguei nenhum dos outros jogos indicados). Mas que simplesmente essa ideia de que suas indicações são inválidas única e exclusivamente por não ser um jogo lançado em 2020 é algo que não se baseia em nada além de suposições de como supostamente funciona a premiação e ignorando todo o contexto que cerca o fenômeno que o jogo representou e ainda está representando.

   E para os que ainda discordam ou acham que eu estou simplesmente sendo fanboy de Among Us, fica a questão: será que as pessoas vão achar errado se Cyberpunk 2077 for indicado no ano que vem para certas categorias do The Game Awards, só porque foi lançado em 2020, ignorando que o jogo tinha sido lançado quase no Natal? Dificilmente. Apesar que eu acharia as indicações até menos justificadas que as de Among Us, já que naturalmente o topo do hype dele terá sido neste mês de Dezembro, mas meh, eu realmente não me importo.

   Bem, é isso. Se tudo der certo ainda esse ano eu devo trazer mais um ou dois posts. Tenham uma boa semana

domingo, 5 de abril de 2020

Primeiro episódio de Digimon Adventure: Clássico vs Reboot


    Eu particularmente não sou muito fã da franquia Digimon, o Adventure (que é a primeira temporada) foi um dos poucos animes da minha infância que reassistindo na faixa dos 20 eu não consegui gostar. Entretando, eu realmente fiquei curioso em relação ao reboot, e fiquei com vontade de fazer um post comparando o primeiro episódio das duas versões. Ao contrário do post de LOGH feito há dois anos, não será uma análise com comparação em seguida, e sim um post comparativo que automaticamente dará uma noção do que achei deste primeiro episódio, e dividirei em dez categorias de comparação. Espero que gostem e qualquer coisa podem expressar discordâncias.


Abertura
    Privilegio o clássico nesse aspecto. O novo anime tem uma boa música e visualmente pode ser empolgante, mas ele parece preocupado em parecer frenético demais com seus digimons e personagens correndo em alta velocidade e mostrando grandes poderes enquanto a tela treme. Acho “Butterfly” uma música melhorzinha e prefiro a forma como ela casa com os elementos visuais da abertura que pode ter Digimons se movendo ou mostrando algum poder sem parecer que a velocidade é o foco, e sim a emoção de ver a simplicidade das coisas aliadas à uma música mais emocionante e tranquila. Ponto pro clássico.

Contexto
    Não gosto na versão antiga. Basicamente crianças num acampamento, vem um tsunami e leva elas pra enfrentar perigos repentinos logo de cara, e a única referência à internet antes disso é um personagem com seu computador reclamando do sinal. No novo anime só temos dois do time principal se conhecendo a princípio, e logo de cara vemos que estão havendo problemas no mundo humano com uma explicação no próprio episódio de como seres da Network estão influenciando nisso num mundo já bastante “internetizado”, e com apenas o protagonista indo pra lá ao invés de encaixar muitos personagens de uma vez e é melhor ver como a amizade entre Taichi e Koromon surge com o chamado de Koromon o transportando pro “Digimundo” (se não for o digimundo ainda e sim um lugar que fica entre os dois mundos eu edito futuramente aqui) e o salva, e tendo que lidar com os digimons que estão causando os problemas no mundo humano. Reboot humilha aqui.

Ritmo
    O primeiro episódio do clássico contraditoriamente é lento e apressado. Ele enrola quando é pra ser bem parado mostrando os personagens e falando ou mesmo repetindo seus já citados nomes e séries, ou mostrando cenários, ou a sequência demorada de digievolução, enquanto todo o resto é apressado demais. No novo anime ainda ocorre de levar só uns 3 minutos ou menos desde que o protagonista chega no digimundo pra já terem que lidar com o primeiro monstro inimigo, mas ainda assim é mais justificado porque flui naturalmente o Taichi salvar o Koromon, ele evoluir pra Agumon e eles terem que lidar com os múltiplos inimigos. Os confrotnos tem um bom ritmo enquanto no clássico eles despistam o primeiro monstro e no final quando o encontram de novo tudo é resolvido muito rápido. Ponto pro reboot.

Apresentação de personagens
    Como já dito, o clássico fazia uma exposição besta nesse aspecto, e pra variar a gente termina o primeiro episódio não sabendo quase nada sobre eles fora que eles param na frente de uma “casinha” separadamente e cada um diz algo que pode indicar algum traço da personalidade deles. No novo anime não há um excesso de personagens, com os outros que terão importância aparecendo só em um momento como figurantes, e é legal ver como o Taichi e o Koshiro Izumi se conhecem e conseguimos captar melhor a personalidade deles ali, enquanto no clássico há um excesso de personagens “jogados” e sem química (com exceção vaga do Yamato e o irmão). Agumon é mais expressivo aqui também, e Yamato aparecendo subitamente no final é um bom gancho pro próximo episódio, por não sabermos se será amigável ou não. Ponto pro reboot.

Animação
    Reboot. Claro, existe a diferença de mais de duas décadas, mas o clássico era bem malfeito pro próprio padrão da época dele, enquanto o novo é bem feito até pro padrão da nossa, ainda que não seja um Kimetsu no Yaiba. Ponto pro reboot. (mas o design de roupas do antigo é melhor)

Ação
    Não é o mesmo que animação. Existem muitos animes melhor animados que DBZ, Naruto e Yu Yu Hakusho sem que tenham uma ação tão boa quanto eles por exemplo. E aqui o reboot também leva facilmente porque na forma bebê os digimons só sabiam atirar bolha e no final eles evoluídos apenas unem seus ataques e desmaiam o monstro numa sequência mal animada. No novo temos o próprio Taichi contribuindo na ação e as batalhas são bem mais elaboradas.

Trilha sonora
    Os dois são bons nesse aspecto. No máximo eu senti falta de uma música cantada na hora de enfrentar o inimigo principal do episódio, mas a música que toca na hora em que o Agumon digievolui sem aquela sequência repetitiva (porém memorável) contém uma epicidade maior. Eu duvido que ao longo do novo vejamos uma trilha sonora geral que seja considerada marcante, mas sinceramente eu empato os dois nesse primeiro episódio. Lembrando que aqui é sobre as músicas de fundo apenas.

Final do episódio
    No clássico após a luta ruim existe uma breve comemoração o inimigo ou reaparece ou aparece outro (como digimons do msm tipo tem o msm design não tenho certeza se é o mesmo recuperado ou não) e caem do precipício em outra cena de animação meio estática. Aqui após uma boa vitória temos a aparição do Yamato todo misterioso montado em seu Digimon e com o amigo do Taichi passando informações que indicam que pode haver um grande perigo pela frente. Yep, reboot!

Encerramento
    Ambas as músicas são boas, mas não gostei do “Yamatocentrismo” do novo encerramento, prefiro a simplicidade do antigo com todos dividindo bem o tempo em tela, embora esse seja o fator que eu mais consigo compreender quem discorde de mim.

Prévia do próximo episódio
    Se tem uma coisa que não gostei tanto no novo anime mesmo tendo sido bem feito, é o fato do Antedeguemon aparecer logo no primeiro episódio, é o tipo de coisa que eu preferiria que demorasse mais mesmo no anime antigo, não vejo como uma boa apresentar logo no comecinho a TERCEIRA forma do digimon principal. Enfim, a prévia pro próximo episódio do clássico indica que o Agumon irá evoluir no próximo episódio, enquanto no novo isso já aconteceu e a prévia mostra coisas mais variadas, tem cenas mais dinâmicas, mas não parece prometer algo mais interessante como uma digievolução maior ainda. Entretando, na nova prévia as coisas também são mais misteriosas, enquanto na antiga vemos brevemente como vai ser o design do Antedeguemon e ainda fica um pouco mais previsível como vai ser. Uma promete mais, a outra instiga sem sabermos o que podemos esperar. Acho justo empatar aqui

Placar final
Clássico: 4
Reboot: 8

    Mas é claro que nem tudo tem o mesmo peso. Todos os pontos do clássico vieram de aspectos mais auditivos ou de apresentação fora da escrita do enredo do episódio. Sendo assim, eu particularmente concluo que o reboot teve uma introdução muito melhor, com um desenvolvimento que pode ser criticado pelos mais nostálgicos, enquanto pra mim será um bom argumento para provar que eu não sou tão extremista em achar coisas antigas melhores, e quem sabe façam menos bullying por eu preferir o Hunter x Hunter clássico ao reboot. Enfim, esse foi o meu ponto de vista sobre o primeiro episódio das duas versões. Se Deus quiser lanço pelo menos um segundo texto ainda esse mês. Até a próxima!

PS: Antedeguemon foi uma referência a um trote antigo, na verdade é Greymon

domingo, 8 de março de 2020

Minhas Personagens Femininas Favoritas


    
    Antes de tudo, gostaria de informar que eu tenho intenção de ser um pouco mais ativo neste blog, e vou procurar fazer no mínimo um post por mês. A verdade é que escrever faz bem para a nossa sanidade, pois temos que "mergulhar" na concentração e conseguimos nos divertir com isso quando não se trata de um trabalho obrigatório. Por outro lado, eu também vou passar a ter mais responsabilidades nos próximos meses, e não sei se minha reação a isso será escrever mais para me tranquilizar ou escrever ainda menos por fadiga mental. O tempo dirá.
    Bem, hoje é 8 de Março, dia internacional da mulher. Eu resolvi aproveitar para mencionar algumas das minhas personagens femininas favoritas da ficção. Não vou me ater apenas a animes e tampouco será um post sobre as supostas melhores personagens existentes ou recomendações de obras de mulheres com papel forte. Este blog é um espaço bem pessoal, e eu resolvi falar sobre 4 garotas/mulheres da ficção que tem um valor especial para mim. Há diversas outras personagens que gosto e até cogito algum dia fazer um post mais abundante ou que siga a ideia que mencionei de personagens ou animes pra quem não aguenta mais a má representatividade padrão. Eu tinha essa imagem salva e estou com preguiça de refazer então vai ser nessa ordem aí mesmo. Vamos começar?!




- Oscar François de Jarjayes (Rose of Versailles)

    Protagonista do meu 2º anime favorito. Oriunda de um mangá que era pra ser mais focado em Maria Antonieta, mas cuja andrógina valente tomou o protagonismo. Oscar é a comandante da guarda real francesa e amiga de Maria Antonieta durante os antecedentes da Revolução Francesa, tendo sido criada como se fosse um menino para poder exercer tal cargo no lugar do pai. Eu amo praticamente tudo nessa personagem. Sua personalidade, valentia, suas relações com outros personagens e como ela lida com conflitos internos e externos (que acabam por influenciar sua visão de mundo), e como ela gera diversos momentos tocantes e impactantes. É indiscutivelmente uma das personagens femininas mais elaboradas dos animes e eu tenho um imenso respeito pelo legado dela na cultura japonesa, e pela figura em si. E ainda consegue ser parcialmente identificável. Céus, por mais que o elenco geral do anime seja bom, pra mim é quase como se ela o carregasse nas costas pelo quão inerentemente responsável ela é por levar Rose of Versailles ao top anime de tantas pessoas, por como ela "casa" com diversos outros aspectos ótimos da obra. É uma figura com certeza muito inspiradora especialmente para as espectadoras do sexo feminino.
    Also, também amo o character design dela que parece ter inspirado o estilo que o Shingo Araki usaria em Saint Seiya, e as batalhas de espada dela são ótimas! Por tudo já citado e muito mais, não resta dúvida de que é a personagem feminina de anime que mais admiro! A razão pela qual provavelmente vou me estender mais falando das outras 3 é porque Oscar é quase autoexplicativa de tão incrível, enquanto as outras eu tenho que explicar mais pra dar uma noção de porque gosto tanto.


- Pérola/Pearl (Steven Universe)

    Pérola é uma gem que traiu seu planeta de origem e fugiu para a Terra para lutar pela independência do planeta, e posteriormente embolha gems corrompidas com as amigas e cuida do filho de sua falecida e amada Rose Quartz.
    É difícil encontrar palavras pra falar sobre ela. Se Oscar é possivelmente a personagem mais ressaltável em admiração, Pérola é a que melhor funde em mim um misto de admiração e identificação. Eu já cogitei fazer um textão sobre todos os pontos em que me identifico com essa personagem, mas para isso seria preciso expôr coisas íntimas e contar diversas histórias.

    Basicamente, eu me identifico em diversos aspectos com a personalidade dela e com alguns dos conflitos internos que a mesma enfrenta, assim como algumas atitudes. Mas à parte disso, eu tenho um grande fascínio por praticamente tudo nela, desde a caracterização, visão de mundo, e toda a construção que a levou a ser o que é na época presente da série somando com seu desenvolvimento no decorrer dela. Eu acho o nível da escrita dessa personagem algo surreal para parâmetros de desenho ocidental (exceto pelo ep dela meio doida construindo uma nave sem pensar em mais nada) e algo bastante inspirador. Não se trata de uma representatividade lésbica, mas de quaisquer pessoas que apresentam algumas de suas falhas (especialmente dependência emocional).
    Também adoro as músicas dela ("Its Over Isn't it?" tanto em inglês quanto pt-br é uma das cenas mais marcantes pra mim em qualquer obra de ficção) e o trabalho da dubladora brasileira (Sylvia Salustti) é a atuação de voz feminina nacional que mais aprecio (ao lado da próxima a ser mencionada). A série-epílogo "Steven Universe Future" está prestes a acabar e acho bem provável eu reprovar uma ou duas coisas que decidam fazer com ela no final (e quero que parem de brincar com ela criando momentos pra incentivar shippadores) mas independente de qualquer coisa, seguirá sendo uma personagem importante pra mim, e que honestamente me ajudou muito a me sentir melhor comigo mesmo durante o ano passado (que foi o pior da minha vida). E me sinto ofendido quando se referem a ela ou outras gems como "pedras gays", pois tamanho trabalho de caracterização não merece descrições tão reduccionistas. Em suma, essa espadachim-bailarina-revolucionária tocou meu coração. E sim, entra como personagem feminina porque apesar de gems não terem sexo, elas tem gênero.


- Shampoo (Ranma 1/2)

    Shampoo é uma amazona que está sempre tentando conseguir o amor do protagonistas Ranma, embora tenha começado tentando matar a versão mulher dele e tenha guardado um leve ressentimento por indiretamente ter feito ela treinar em Jusenkyo e ser amaldiçoada transformando-se em gato quando molhada com água fria.
    Se trata de uma personagem com quem tenho uma relação diferente de qualquer outra. Eu tenho uma espécie de paixão irracional por ela embora relute muito em usar o termo "waifu" não só porque acho meio besteira de otaku, como entendo que meu gosto por ela não é muito racional, já que ela faz diversas coisas moralmente reprováveis, recorrendo a métodos desonestos e até brincando um pouco com vidas humanas às vezes pra tentar conseguir a afeição do protagonista, embora eu procure uma saída na justificativa de que não é uma história pra ser muito levada a sério. Eu basicamente gosto muito do jeito dela quando é carinhosa, acho absurdamente bonita e charmosa, além dos episódios com ela serem alguns dos melhores de Ranma 1/2. É disparadamente a personagem que mais vi fanarts até hoje (com certeza mais de 3000 se contar também as que ela não aparece sozinha mas tem certo destaque). Entretanto já aviso ao leitor que não tenho o mínimo interesse em material hentai dessa personagem. Eu gosto de ter uma visão parcialmente pura dela, embora a personagem seja até provocante. Ah, e um dos aspectos mais importantes pra mim é a VOZ dela na dublagem brasileira. O trabalho da dubladora Márcia Regina foi excelente e eu amo o jeitinho único da Shampoo falar, falando de si na 3ª pessoa e de um jeito meio "índio", que foi a forma de mostrar que ela não domina totalmente o idioma (esse é o trabalho de voz que empata com o da personagem anterior).
    Basicamente é isso, ela é a personagem que mais mexe comigo de uma forma irracional, e não enjoo de vê-la e pesquisar por mais fanarts dela.

 

- Ami Mizuno/Sailor Mercury (Pretty Guardian Sailor Moon)

    Ami é uma das guerreiras sailors, que tem que ajudar a combater os vilões e acabar com o Dark Kingdom. Como a maioria das pessoas, conheci Sailor Moon pelo anime dos anos 90 ainda na infância e quando mais velho o redescobri. Na infância eu não tinha nada demais pela Ami, mas ela passou a ser uma das minhas personagens femininas favoritas. Só que tem um detalhe: a que eu incluo nessa postagem é especificamente a Ami da versão live-action.
    Eu gostava da personagem há anos, mas tinha meus pequenos incômodos como o anime reforçar demais ela como estudiosa (fazendo ela quase sempre estar com um livro e etc) quase fazendo ela flertar com a ideia de flanderização, apesar de seu desenvolvimento. Na versão live-action o fator "estudiosa" é muito reduzido e são adicionados bem mais conflitos pessoais interessantes, mais desenvolvimento, uma caracterização mais rica, e muitas vezes passa a impressão de ter mais destaque que as outras (exceto a protagonista) com vários episódios explorando melhor ela. Mantém muito do que já gostava nela no anime, adicionam muito mais, até a deixam levemente mais feminina, e no fim das contas é uma personagem complexa e fascinante. Se me perguntarem um tipo específico de personagem feminina que mais gosto, eu responderia "Shrinking Violet", que de forma resumida demais é uma personagem tímida e sem muitas habilidades sociais. Tem exemplos PÉSSIMOS e até detestáveis desse tipo de personagem, mas normalmente tendo a simpatizar logo de cara e adorar ver o desenvolvimento das mesmas. A Ami dessa versão tokusatsu é o meu exemplo favorito desse tropo, e a única deste quarteto de personagens que resolvi falar sobre. Também gosto das lutas e poderes aquáticos dela (adoro ver o elemento água sendo importante numa obra de ficção), e adoro azul claro.
    Pouca gente tem vontade de assistir o live-action por conta dos efeitos especiais meio trash e ser estranho ver aquelas japonesas de peruca após as transformações, mas acreditem: vale a pena. Entretando, não deixo de ter a Ami do anime como uma das minhas favoritas dos animes, pois os episódios focados nela também são ótimos e já até chorei com alguns (no live-action acho que também chegou a acontecer). Encantadora em qualquer mídia!


 
    Curiosamente as quatro tem nacionalidades diferentes: Oscar é francesa, Shampoo é chinesa, Ami é japonesa e Pérola é uma extraterrestre que vive nos EUA.
    Bem, é isso. Espero que tenham gostado de ter uma noção de alguns dos meus gostos para personagens femininas e desejo um feliz dia internacional da mulher para todas as mulheres. Vocês são muito importantes!