terça-feira, 3 de abril de 2018

Primeiras Impressões- "Ginga Eiyuu Densetsu: Die Neue These - Kaikou"

   

     Este será o primeiro post de primeiras impressões do blog. Nele irei falar de “Ginga Eiyuu Densetsu - Die Neue These” (que passarei a tratar como Legend of the Galactic Heroes). Uma nova adaptação das novels de Yoshiki Tanaka. O anime gera curiosidade pelo fato da adaptação anterior (de 1988) ser o anime antigo com maior posição no Myanimelist, e um dos que você mais facilmente vai encontrar no top 10 de pessoas que viram mais de 1000 animes e assistem animes de todas as épocas. O post primeiro irá falar do primeiro episódio deste novo anime, e terá uma segunda metade dedicada a comparações com o primeiro episódio da versão antiga.

     O episódio começou com uma bela narração sobre o conflito principal e a divisão de potências no universo, e em seguida com um diálogo entre dois amigos (Reinhard e Kircheis) de uma frota do Império Galático. O diálogo é um pouco estranho porque ele tem uma rápida troca de palavras sobre estrelas, aí começam a falar sobre a altura do Kircheis e aí Kircheis informa sobre a situação da batalha que está por vir e as condições dos dois lados.
     Pouco depois temos um momento onde alguns homens mais velhos tem uma “audiência” com Reinhard para alertá-lo sobre a situação desvantajosa em que o exército do império se encontra, mas Reinhard mostra que estão enganados e assim começamos a perceber algumas características do personagem como a imponência e inteligência. Apesar de ser um diálogo bem sério sobre táticas de guerra, não é nem de longe algo maçante. E logo em seguida vemos uma conversa entre tais homens em uma espécie de metrô estranho, onde demonstram raiva da insolência de Reinhard (mas também reconhecendo parte de seu potencial) e fazem uma menção sobre sua irmã que só será melhor entendida em episódios posteriores.
     Uma coisa destacável é como logo de cara vemos que há uma conexão forte entre os amigos Reinhard e Kircheis. Somando isso a um momento da abertura onde aparecem os dois quando crianças, podemos ficar na expectativa de uma bela contextualização para a amizade deles. Ainda assim, tenho algumas ressalvas sobre, que deixarei para quando for comparar com o primeiro episódio da versão antiga.
     Em seguida começa a batalha entre o exército de naves do Império Galático e da Aliança dos Planetas Livres. O CG pode causar estranhamento a algumas pessoas, mas aparentemente está bem feito e gera expectativa para mais batalhas interessantes. O episódio é quase todo centrado no exército do Império, dedicando pouco tempo para a Aliança, mas ainda assim vemos um pouco do lado dela e exploram-se os dois lados da batalha no momento, só que mais predominantemente o Império. A Aliança só deve mostrar melhor à que veio no próximo episódio.
     Porém, o ponto alto do episódio são seus últimos 3 minutos (antes do encerramento). Reinhard sente que as coisas estão sob controle, mesmo Kircheis questionando a probabilidade de haver alguém equiparável a ele do outro lado da batalha. Ok, o que viria a seguir é previsível, mas ainda assim ocorreu de forma interessante. As naves do Império recebem uma mensagem de voz de um misterioso Comodoro chamado Yang Wenli, que com uma voz que passa um ar de bastante segurança, afirma que está assumindo o controle da frota da Aliança e que todos devem seguir suas indicações se quiserem viver, e afirma que apesar de parecer em desvantagem, o que importará será vencer no final. Reinhard fica atento, mas não se intimida a princípio. Porém, pouco depois se levanta de seu “trono” (aquilo é feito de ouro, lol) e percebe que as coisas parecem estar começando a tomar um rumo preocupante. E o episódio encerra com Yang Wenli de costas ajeitando sua boina na cabeça.
     No geral, foi um bom primeiro episódio. Ainda não se sabe quase nada dos dois lados da guerra, já que o episódio praticamente inteiro se passa dentro das naves ou olhando por fora alguns momentos da batalha entre as frotas (não sei exatamente onde fica aquele “metrô” que os caras usaram naquela cena que eu comentei) mas o importante é começar apresentando alguns dos personagens e o início do primeiro confronto entre os rivais principais do anime, para que assim possamos nos interessar em compreender melhor o contexto geral, além de dar aquela vontade de ver mais daqueles personagens.
     Quanto à produção... bem, isso é o que está preocupando muitas pessoas. O episódio está bem animado, e o CG não está malfeito. Não tenho muito o que dizer das atuações de voz em geral, mas Mamoru Miyano está fazendo um bom trabalho como a voz do Reinhard. É engraçado porque quando o anime foi anunciado eu realmente havia pensado nele, e me surpreendi quando anunciaram que seria ele mesmo quem faria a voz do Reinhard. A do Yang está até um pouco parecida com a da versão antiga, mas ele falou pouco então ainda não posso opinar muito sobre. Quanto aos character designs... sim, é aqui que entre a polêmica. Você dificilmente vai achar um fã da história (seja das novels ou do anime clássico) que tenha achado muito adequado o visual bishounen dos personagens. Os mais acostumados a animes modernos ou que apenas não viram a versão antiga certamente não vão se importar.
     Vale a pena a conferida. Eu esperava um desastre, mas por enquanto não há tanto do que reclamar, embora nitidamente não vá ser equiparável à versão antiga. E falando nela, irei deixar meu posto de pseudo-crítico imparcial para comparar com o primeiro episódio do anime clássico, que eu gosto muito e aceito considera-lo como o melhor anime que já vi, apesar de não estar entre meus favoritos por razões pessoais. Sinta-se livre para ignorar o que estiver abaixo se quiser.

COMPARANDO COM A VERSÃO DE 1988



     Apesar do novo anime não ter deixado muito a desejar como obra individual, ele pode causar um pouco de estranhamento. Enquanto temos um diálogo bem esquisito entre Reinhard e Kircheis, no antigo temos um diálogo realmente bonito e até filosófico a respeito das estrelas, a impressão que se tem sobre elas, e o que é aquela guerra em comparação ao brilho daquelas estrelas. E só se fala o básico necessário sobre a situação do momento em seguida.
     Outro detalhe é que, enquanto no primeiro episódio do anime clássico se dá um pouco mais de atenção para o lado da Aliança em comparação, e temos participação ativa de Yang Wenli no episódio, a nova versão começa quase inteiramente focada no lado do Império. Eu particularmente prefiro o Yang tendo aparição e diálogos explícitos logo no primeiro episódio e que explorem o lado da Aliança, mas não chego a achar que foi uma decisão ruim da nova versão mostrar o Yang apenas no final como aquele que irá bater de frente com Reinhard. Vai depender um pouco do próximo episódio também, já que a coisa pode se inverter e podem mostrar mais o lado das frotas da Aliança. Só que eu realmente acharia melhor que dessem atenção igual aos dois lados desde o princípio para logo de cara sentirmos que Yang e Reinhard tem o mesmo protagonismo na história, ao invés de parecer que Reinhard será o protagonista principal e Yang será só seu antagonista.
     Como eu havia dito, o episódio inteiro da nova versão se passa dentro dos ambientes fechados das naves, ou mostrando por fora a batalha, enquanto na versão antiga temos alguns momentos que se passam em planetas. Há um momento onde vemos o ponto de vista de um homem influente do Domínio de Phezzan (ou Fezzan) que é uma potência à parte dessas duas, além de uma cena onde vemos o imperador do Império Galático ser informado sobre a situação da batalha, com direito a aparição da irmã do Reinhard com uma cara não muito feliz (o que nos deixará mais curiosos sobre ela do que uma mera citação, como na versão nova). Destaque para o momento belíssimo de direção onde ela aparece olhando as flores e tem uma rápida lembrança de quando estava segurando outras flores e dizendo para Kircheis (que ela chama de Sieg-kun) cuidar bem do irmão dela, e o flashback acaba focando no rosto de Kircheis criança mudando para o dele naquele momento, na nave.
     Também vemos outros homens do império assistindo a um holograma representativo da frota e alguns outros que terão importância mais tarde bebendo enquanto conversam sobre a situação. Fora uma melhor exploração dos recursos tecnológicos com o aparecimento de uma cama-tanque que permite sentir o equivalente a horas de sono em apenas uma (não que isso tenha muita relevância, mas esses e alguns outros detalhes são interessantes de se ver).

Como não amar este homem?
 
     Como eu havia dito, a atuação de voz de Mamoru Miyano está sendo um trabalho digno, mas dificilmente o nível de atuação de voz da versão antiga será alcançado. Já vi em torno de uns 400 animes (não é muito, mas também não é pouco) e se eu tivesse que fazer um top 5 de melhores atuações de voz pra mim, eu definitivamente teria que incluir o trabalho impressionante que Ryo Horikawa fez como seiyuu do Reinhard. Sem contar que Mamoru já é muito célebre e sua voz já é bem conhecida entre a comunidade mundial de fãs de anime por ter feito a voz de Light Yagami e muitos outros famosões, então dificilmente irão considerar este como um trabalho muito marcante dele. E os diálogos em geral são um pouco melhores no primeiro episódio da versão antiga na minha opinião. E ainda falando do aspecto sonoro: a trilha sonora do novo no geral está boa, apesar da abertura e o encerramento não passarem o mesmo "feeling" da versão de 1988. Achei exagero alguns gringos se referirem à trilha sonora como "genérica" após terem ouvido só uma OST solta alguns dias atrás.
     Falando em diálogos, as conversas entre Reinhard e Kircheis provavelmente serão a coisa mais polêmica do anime. Poucas fujoshis se interessavam pelo anime antigo, já este novo não só tem um visual que vagamente pode recordar coisas como Kuroko no Basket (por aqui já encerro a razão óbvia pela qual o visual desagrada muitos fãs da versão antiga) como os diálogos podem parecer um pouco suspeitos para as pessoas que querem ver yaoi em tudo. Não estou afirmando nada, mas coisas como subitamente falar sobre a altura do Kircheis, Reinhard pedir pra ele chama-lo pelo nome quando estiverem sozinhos e outros pequenos detalhes nas interações entre eles não passarão despercebidos pela audiência. Sempre foi um bromance, mas agora há mais brechas para suposições que, intencionais ou não por parte da produção, farão alguns fãs da versão antiga “tremerem na base” imaginando o que poderá aparecer daqui a alguns meses quando pesquisarem “Reinhard and Kircheis” no Google Imagens.
     O que posso destacar na nova versão é que definitivamente o final do episódio foi mais interessante, pois é de deixar qualquer um ansioso para ver o que estava começando a acontecer, enquanto na versão antiga o episódio terminou de uma forma até razoavelmente calma. Os confrontos entre as naves também parecem ser mais impactantes agora (eu não me importava muito com eles na versão antiga). A morte de um certo personagem (que não vou dizer quem é, mas não é ninguém relevante por si só, apenas ligado a alguém que será relevante) eu não consegui perceber direito se foi mostrada nesse primeiro episódio do anime novo, mas se foi, não recebeu muita atenção e passou como algo meio despercebido. Enfim, mesmo não achando a introdução da nova versão tão boa quanto a da antiga, eu não estou decepcionado por enquanto.

     É isso, espero que tenham gostado do post. Ainda vou pensar se farei ou não posts futuros comentando outros episódios do anime. O próximo post do blog provavelmente será sobre primeiras impressões de Cutie Honey Universe ou a minha opinião sobre tudo que assisti da temporada de Janeiro. Por ora me despeço.

PS: Acho estranho o lugar onde o Reinhard fica sentado agora ser dourado e brilhante. É visualmente bonito, mas tão sem propósito...

sexta-feira, 16 de março de 2018

Animes que assisti esse mês (02/2018)

 

Yo! Esse post está saindo bem atrasado por conta de uns problemas aí, mas enfim trago minhas opiniões sobre os animes que assisti nesse mês de Fevereiro.


Urayasu Tekkin Kazoku (1998): Achei hilário! É uma comédia de humor negro com episódios rápidos que a princípio parecia que teria os eps protagonizados pelos membros de uma família, mas acaba que em alguns eles nem aparecem ou tem papéis menores. Não é lá essas coisas porque a ideia é bem típica e nenhum personagem é memorável, mas funciona mais ou menos bem como humor absurdo e eu gostei bastante.

Tenkuu no Escaflowne (1996): Um raríssimo exemplo de isekai bom. Produção excelente, boa história e bons personagens (apesar de eu não ver nada demais na protagonista), apesar de ter seus probleminhas (ex: algumas conveniências). Mas depois de alguns episódios eu tinha perdido um pouco do ânimo, e alguns detalhes de como aquele mundo funciona eu acabei deixando passar. Um dia vou me propor a rever e é quase certo que vou gostar mais.

Genshi Shounen Ryuu (1971): Uma história que supostamente se passa na pré-história de um rapaz em busca da mãe, acompanhado de uma moça em busca do irmão. A princípio pareceu meio interessante pelas interações entre eles com discordâncias e tudo mais, só que com o passar do tempo se mostrou “meh”. Muita forçação de barra pra um dinossauro lá não morrer de uma vez, um cara insistir obsessivamente em matar nosso protagonista, e acabou que não tinha quase nada de emocionante, além dos personagens serem todos rasos. Não que seja horrível, mas podia ser mais emocionante (ou ter mais worldbuilding).

Wakako-zake (2015): Uma mulher comendo e bebendo aleatoriedades por 12 episódios. Não, você não leu errado, é só isso mesmo. Não sei como alguém achou uma boa investir dinheiro nisso. Pelo menos são episódios bem curtinhos.

Hime-chan no Ribbon (1992): Um shoujo mágico bacana (não sei se dá pra considerar magical girl porque a protagonista não tem poderes, apenas objetos mágicos). Tem algumas situações bem tensas e/ou criativas, alguns personagens interessantes e uma protagonista bem carismática. Não posso dizer que é tão bom porque tem umas conveniências bizarras, um típico triângulo amoroso, e depois do primeiro terço o anime passa a ficar menos interessante e mais enrolado (apesar de que ainda tinha um ou outro episódio bacaninha), mas pessoalmente me diverti muito com esse “slice-of-life com magia”. Espero que um dia legendem em pt-br pra eu mostrar pra minha sobrinha, pois vi legendado em espanhol.

Chocotan! (2013): Um curta que é só uma situação absurda e bestinha, bleh! Pelo menos teve uma frase bonitinha lá pro final.

Alps no Shoujo Heidi (1974): Ainda não terminei porque ainda tem episódios pra serem legendados, mas incluo aqui e digo que foi de longe o que mais gostei! Um raro exemplo de bom slice of life, com personagens interessantes, momentos criativos e cativantes, e aquela “aura” de clássico. Muito gostoso de assistir e me arrisco a dizer que já o considero meu 3º favorito entre os animes da década de 70. É sobre uma menina chamada Heidi que passa a conviver com seu avô (um misantropo), faz um amigo chamado Peter e passa por várias aventurinhas simples em contato com a natureza, e em outros lugares. Claro, não é um anime profundo ou com muita história, mas tem todas as qualidades que já apontei e ainda uma animação boa pra época. Talvez faça um post recomendando-o quando terminar. É muito melhor que esses slice of lifes escolares modernos!

Honobono Log (2016): É uma série de curtas que mostram alguma interação entre namorados, ou entre familiares. Visualmente interessante, boa pra passar o tempo e algumas pessoas podem se identificar.

Harmonie (2014): Uma historinha de um episódio só. O primeiro terço são só adolescentes fazendo vários nadas, e depois tentam desenvolver uma relação que é um quase-romance, mas não tem nada demais acontecendo, os personagens não têm nada de destacável e funcionaria melhor como um filme mais longo ou um anime de 12 episódios. Pelo menos tem uma bela animação.

Vou deixar dois tops: um por preferência pessoal e outro por qualidade (ou seja, minha opinião mais crítica)

Top por gosto:
1- Alps no Shoujo Heidi                                             
2- Hime-chan no Ribbon     
3- Urayasu Tekkin Kazoku
4- Tenkuu no Escaflowne                                           
5- Honobono Log                                                       
6- Genshi Shounen Ryuu                                           
7- Harmonie                                                               
8- Chocotan!
9- Wakako-zake (pq caralhos isso existe?!)

Top crítico:
1- Tenkuu no Escaflowne                                           
2- Alps no Shoujo Heidi
3- Hime-chan no Ribbon
4- Honobono Log                 
5- Urayasu Tekkin Kazoku
6- Harmonie
7- Genshi Shounen Ryuu
8- Chocotan!
9- Wakako-zake (pra quê, Japão?!)

É isso. Não farei um do mês de Março exatamente, e sim um post falando sobre todos os animes que assisti da temporada de Janeiro desse ano, que provavelmente serão entre 15 e 20 comentados. Mas por ora me despeço, torcendo para que tenham gostado do post.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Meus 10 encerramentos favoritos


Não quero que esse blog seja um espaço muito negativo, então resolvi fazer um post bem positivo expondo algo que goste muito, para vocês leitores conhecerem melhor os meus gostos. Aqui irei mostrar meus atuais 10 encerramentos favoritos dos animes. Pode ser que um dia eu faça alguma atualização, mas por hora aí está.

1- “Unbalance na Kiss wo Shite” (Yu yu hakusho - ending 3) 


2- “Mr. Raindrop” (Gintama - ending 2)


3- “ Wonderful Days” “Gintama - ending 15) 


4- “Walk Like an Egyptian” (Jojo’s Bizarre Adventure - ending 3)


5- “Bon Bon” (Lovely Complex - ending 2) 


6- “Get Down” (Maison Ikkoku - ending 3) 

7- “Zetsubou Billy” (Death Note - ending 2)


8- "Odoru Akachan Ningen” (NHK ni youkoso - ending 1) 


9- “Uchuu no Kakehashi” (Legend of the galactic Heroes - ending 4)


10- “Yuuzora No Kami Hikouki” (Hajime no Ippo - ending 1)

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Animes que assisti esse mês (01/2018)



Resolvi fazer um post pra falar dos animes que assisti completos nesse mês de Janeiro. Não sei se em outros meses farei o mesmo, mas deu vontade de tentar. Serão só comentários básicos, nenhuma crítica elaborada. Foram cerca de 15 animes, vamos a eles:

Kokoro Connect (2012): Ser sobrenatural resolve brincar com jovens aleatórios fazendo trocarem de corpo, e depois do nada inventando outras formas de atazaná-los. Nenhum personagem muito original, típico protagonista vazio que tem várias garotas quase se jogando no colo dele, e nenhuma situação muito criativa. 4 eps especiais terminam a história mais não tive paciência pra ver. Anime dispensável.

Itsudatte Bokura no Koi wa 10 cm Datta (2017): Romance curto com personagens vagos que já começam apaixonados (ou seja, a enrolação pra ficar juntos é frescura), e o "conflito" que cobre a maior parte é estúpido se você para pra pensar. Final satisfatório, mas não salva.

Panty & Stocking with Garterbelt (2010): Humor negro criativo, enredo nada previsível e o anime tem uma arte diferentona que lembra desenhos ocidentais. A trilha sonora é bem empolgante! Nem todas as situações são interessantes, mas a maioria é. Dá pra rir e pirar com algumas cenas de ação. Bacana! Pena não ter season 2.

Otona Joshi no Anime Time (2011): 4 histórias curtas envolvendo mulheres maduras e seus conflitos emocionais (coisa rara em anime). É maduro, visualmente interessante, sabe explorar as personagens e não as faz parecer tão retardadas. Ou seja, tudo que "Net-juu no Susume" quis ser e não foi. Apesar de ser episódico, não dar pra garantir que todas as protagonistas vão gerar simpatia, e o ep 3 ter uma conclusão besta, vale a pena!

Devilman Crybaby (2018): Adaptação no máximo razoável de um dos meus 3 mangás favoritos. A primeira metade é bem rasa, mas melhora na segunda (principalmente nos dois eps finais). Não chega a ser ruim, mas se quer ver essa ótima história ser constantemente bem desenvolvida, leia o mangá. Quem diz que é bem fiel ao mangá assistiu com a bunda!

Ben-to (2011): Um anime de lutas por comida barata que não tem boas coreografias, nem bons personagens, não decide se quer ser levado a sério ou não, se distancia da proposta por bobeira e tem muita insinuação yuri forçada e (como em KC) protagonista vazio que atrai várias "porque sim". Só elogio o começo e a beleza das personagens femininas. Leia o post anterior do blog se quiser saber mais dos meus problemas com este anime.

Futari Ecchi (2002): Parecia uma interessante história sobre os problemas "íntimos" de um casal recém-casado, e até foi na primeira metade, mas a segunda é só bullshit sexual com alta luminosidade. Pode valer a pena ver os dois primeiros episódios.

Gekkan Shoujo Nozaki-kun (2014): Comédia escolar comum, sem muito o que criticar ou elogiar. Dá pra passar o tempo e você talvez ria.

Ginga Nagareboshi Gin (1986): Talvez não chegue a ser ruim, mas meu Deus do céu, como é maçante! No começo pareceu um pouco interessante, mas depois que passou a focar só nos cachorros eu não consegui mais ver graça. Achei no máximo mediano em todos os aspectos. Só veja se tiver tendência a gostar de qualquer coisa protagonizada por cães.

Onboro Film (1985): Um simples curta de Osamu Tezuka, onde os personagens são atrapalhados por problemas técnicos do próprio curta. Não é um curta marcante ou com peso emocional tipo Furiko ou Tsukimi no Ie, mas vale a pena por serem 5 minutinhos de uma ideia original.

Chou Denji Machine Voltes V (1977): Um mecha que tentou se assemelhar a Gatchaman com uma equipe quase idêntica de protagonistas para tentar repetir o sucesso. É arrastado, as lutas são repetitivas e os heróis "meh". Só que tem uma contextualização geral boa e relevo que foi um dos primeiros animes a ter um vilão com certa profundidade, além de ter lá seus bons momentos. Diria que este aqui é entre mediano e decente. Valeu a pena ver por eu ser chegado a animes da década de 70, mas não é um dos poucos da década que dá pra recomendar pra quem não é.

Battle Programmer Shirase (2003): Não é ruim, mas o humor é meio repetitivo (apesar de que parcialmente a repetição faz parte da graça), a produção é fraca e o anime mal avança. São só pequenas histórias de um hacker habilidoso e uma menina no dia-a-dia, e como ele faz coisas surreais com seus conhecimentos. Vale mais a pena que muito ecchi, mas eu esperava mais.

Chuunibyou demo Koi ga Shitai! (2012): Em grande parte é só uma comédia escolar comum que gira em torno da estupidez graciosa de suas personagens (contextualizada de forma bizarra, mas que bom que aqui pelo menos existe motivo), tem um certo drama também (que não funcionou tão bem comigo). Não é bom, mas também não é ruim. Eu reconheço que tem um certo charme que o torna bem assistível. Não desmotivo ninguém a ver, apesar de não recomendar nem ter gostado.

Ristorante Paradiso (2009): Contexto interessante. Se passa na Itália, é sério (apesar da tensão nula) e os personagens são adultos racionais. Porém, não há o que elogiar fora isso, já que é um harém inverso para jovens se fantasiarem no lugar da protagonista cercada de cinquentões. Não há trama ou objetivo, e apesar dos homens terem algumas diferenças de vida, eles tem a mesma personalidade.

Wasurenagumo (2012): Aparenta ser uma história sobrenatural simples, porém bacana. Só que o final foi mal explicado, sem sal e meio tenebroso. Me pergunto se planejavam transformar esse meia-metragem numa série animada.

Foram 15 animes neste primeiro mês do ano. Agora vou finalizar com minhas 3 únicas recomendações entre eles, em ordem de preferência.



1- Panty & Stocking with Garterbelt. Boa ação, comédia bizarra e músicas empolgantes, a gente vê por aqui!

2- Otona Joshi no Anime Time. Tem seus defeitos, mas exploração psicológica de mulheres maduras é raridade, então vale a experiência. As personagens são razoavelmente realistas a ponto de você poder até condenar moralmente algum ato delas, já que elas não estão aí só pra agradar o espectador.

3- Onboro Film. Entra no que eu citei em outros casos como algo simples que dá pra matar tempo, mas ainda assim recomendo por quatro motivos: tem só 5 minutos, é praticamente desconhecido, a ideia é original e... ora, é de Osamu Tezuka! (não tem diálogo, então não precisa procurar legendado)


É isso por hoje. E que venha Fevereiro!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

5 coisas que poderiam tornar Ben-to um anime decente


    Uma das minhas mais recentes decepções foi Ben-to. O anime basicamente era sobre pessoas lutando no supermercado por comida na promoção. Essa premissa funciona como um faca de dois gumes: por um lado é bem limitada, mas por outro também é bem original. Não criei expectativa, mas ainda assim me interessou, pois era uma história que misturava comédia, artes marciais e um certo fanservice. Eu sou um grande fã de Dragon Ball (clássico) e Ranma ½, então né...
    Só que ainda assim Ben-to falhou em grande parte das coisas, sendo um anime provavelmente 3/10. Eu gostaria então de listar 5 coisas que pra mim poderiam torna-lo um anime bacana.

    1- Treinamentos. Uma coisa interessante para uma história não tão séria envolvendo lutas é ter treinamentos não-convencionais, que tornem plausível que os personagens se fortaleçam, mas não sejam treinos típicos. Os já citados Dragon Ball e Ranma ½ possuem exemplos disso, e um exemplo mais antigo seria o filme Karate Kid. Eu teria que pensar muito ou me alongar demais para exemplificar como seriam treinos e técnicas interessantes em Ben-to, mas independente de como fosse, NO MÍNIMO faria com que houvesse sentido na existência de um clube escolar para caçadores de descontos, já que os personagens praticamente só ficam conversando.

    2- Não variar tanto seu tom. O anime tinha que decidir melhor se ele se leva a sério ou não, ou o quanto se leva a sério ou não. Um canal famoso até já mencionou isso, que o anime às vezes parece querer ser nonsense e descompromissado, mas em outras se leva a sério ATÉ DEMAIS! Não teria problema se ao menos houvesse algo de bizarro na seriedade, como em Jojo’s Bizarre Adventure, que em muitas partes o vilão Dio Brando zomba de outros personagens sem perder sua postura imponente e confiante, e falando de maneira que até parece séria. Condiz tanto com a ameaça que o personagem representa quanto com o estilo meio bizarro do anime. Em Ben-to, as coisas não encaixam tão bem assim. E é diferente de uma história grande como Dragon Ball, que aos poucos caminha para se levar um pouco mais a sério, sem perder tanto sua essência (ao menos antes da fase Z).

    3- Não fugir tanto da premissa repentinamente. Lá por volta da metade, o anime se distancia de sua premissa e dali pra frente você só vê umas duas lutas. Não tem problema um anime ter uma base mais simples e se expandir, mas Ben-to faz isso de forma muito aleatória e que não é tão condizente com a ideia das lutas nos supermercados (e seria quase impossível cair bem num anime de 12 episódios). Ele usa grande parte do resto do tempo apenas para apelar para clichês como o típico episódio de viagem (com várias brechas para momentos sensuais), aumentar ainda mais a “apelação de harém” que cerca o suposto protagonista (que não tem nenhuma característica notável e às vezes nos faz questionar se ele é mesmo o protagonista) e outras coisas que estarão no próximo item.

    4- Fanservice melhor utilizado. Não posso me alongar aqui por conta de algo que será dito mais pra frente. Mas basicamente muitos dos defeitos do anime giram em torno disso, pois o jeito como ele é utilizado faz com que existam cenas e contextos inteiros forçados e incoerentes com outros apenas para que o fanservice fique “jogado”. Fanservice não é bem problema dependendo da forma como é utilizado, mas aqui a forçação dele apenas auxilia para que alguns personagens tenham personalidades inconsistentes, a história fuja da premissa (item 3) ao invés de encaixá-lo melhor dentro dela e que algumas relações entre personagens não tenham nenhum sentido ou sejam estúpidas (especialmente pela apelação yuri absurda de forçada, além da apelação harém).

    5- Ter boa ação! Esse é o mais óbvio. Ben-to é um anime de ação que não apenas não é tão bem animado, como nem sequer tenta ter coreografias de batalha muito criativas ou estratégias interessantes (que poderiam ter alguma ligação com os treinos, caso existissem).


    É basicamente isso. Seguindo essas dicas, seria suficiente para Ben-to ser um anime de qualidade decente. Mas por que não seria nenhuma obra-prima assim mesmo? Porque além da ideia em si já ser limitada, o anime tem outros defeitos. Especialmente o fato de que os personagens continuam não sendo bons (apesar de que o 4º item concertaria parcialmente alguns dos problemas relacionados a eles) por conta de relações estabelecidas sem resistência, o monólogo do protagonista sobre sua condição de calouro do ensino médio dar a impressão de que haveria alguma exploração de sua vida escolar fora do clube e não acontecer, ele ser um imã de rabos de saia mesmo sem quase nenhum traço característico de personalidade (coisa que eu tenho visto em cada vez mais animes) ou algo que o torne especial, além de vários fatores envolvendo as personagens femininas. Para finalizar eu só queria dizer mais uma coisa.

    ^ Esse cara, não sejam esse cara

    É isso. Espero que tenham gostado do post. Agora vou lá fazer algo mais útil do que sugerir como melhorar algo que o estúdio provavelmente nunca quis que fosse mais que um marketing besta pra uma light novel besta. 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Apresentação

Olá mundo.

     Meu nome é Renan, tenho 22 anos no momento em que digito essas linhas e sou fanático por animes (principalmente os antigos). Resolvi criar esse blog como um espaço para expôr alguns pensamentos sobre animes, sem intenção de torná-lo muito famoso (basta falar bem de qualquer anime por pior que seja para ser bem recebido, e eu não sou de fazer isso). 
     E sim, meu anime favorito é Yu Yu Hakusho e o nome do blog foi inspirado na frase "Não conheci o outro mundo por querer!". 
Pode ser que vez ou outra eu poste sobre algo que não tenha a ver com animes, se apenas me interessar.
     É isso, espero que gostem do meu blog.